Saímos de Kuki e, finalmente, andei de shinkansen (trem bala ou de alta velocidade do Japão) para com destino à Kyoto. Foi uma viagem tranquila, confortável e sem atrasos de 4 horas. No geral, achei os shinkansens tão bons quanto os da França, Alemanha e Suíça, contudo à organização e limpeza do Japão é um pouquinho melhor. Desembarcamos na moderna estação de Kyoto que é um show a parte.
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Shinkansen - trem de alta velocidade do Japão na estação de Tokyo |
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O interior do shinkansen - este era 2 e 3 poltronas |
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Estação moderna de Kyoto que contrasta com as construções tradicionais da cidade |
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Existem muitas lojas e até um hotel bonito colado à estação |
Fora da estação de trem, pegamos um ônibus que passava perto do quarto que reservamos pelo Airbnb. O incrível foi que estávamos no rush hour e não tivemos problema de espaço mesmo com nossas bagagens. Alguns dias depois, constatamos que mesmo quando o ônibus está superlotado, as pessoas são educadas e não empurram as outras. Além disso, os motoristas dos ônibus descem para embarcar e desembarcar os portadores de cuidados especiais.
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Ponto de ônibus - o detalhe é que tem indicação do número da linha no chão para as pessoas fazerem fila e o painel diz o tempo de espera para o próximo ônibus |
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Paga-se a passagem com alguns tipos de passes em cartões magnéticos ou em moedas com o valor exato. Se não tiver o valor exato, não se preocupe, basta utilizar a outra máquina que troca cédulas ou moedas em moedas de valores menores |
Kyoto possui muitas atrações turísticas além das centenas de templos e santuários. Por exemplo, museus, parques, exposições, centro de compras, teatros e ruas tradicionais. Antes de expormos as fotos e escrevermos um pouco sobre elas, explico porque distinguimos templo de santuário. Uma rápida busca no google maps em Kyoto é o suficiente para ver que existem "temple" (= templo) e "shrine" (= santuário). Pois bem, o primeiro se refere ao lugar religioso do Budismo, enquanto que o outro do Xintoísmo. Mas como saber, ao visitar um lugar religioso, se é um templo ou santuário? Existem alguns sinais que pode-se observar: templo - existem as torres chamadas de pagoda, a oração é silenciosa e o nome do local é seguido de "dera" ou "ji"; santuário - existem portais chamados de torii, batem palmas antes das orações e apresentam o nome seguido de "jingu". Os interessados podem consultar o seguinte
artigo que esclarece muito bem o assunto.
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Exemplo de pagoda do templo de Sensoji em Tokyo |
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Portal de um santuário em Nikko |
Situações inesperadas
No segundo dia, depois de visitarmos o Santuário Heian, tivemos que parar em frente de uma loja para nos abrigarmos da chuva, pois estávamos sem guarda-chuvas. Só para constar, no dia anterior estávamos munidos deles, mas não caiu uma gota do céu. Depois de uns 10 minutos esperando debaixo do toldo, um senhor aparece e diz para gente que podíamos sentar no banquinho da frente para esperarmos a chuva passar. Depois de mais 10 minutos uma senhora sorridente saiu de dentro trazendo 2 guarda-chuvas. Ela nos ofereceu os e recusamos na primeira vez. Na segunda recusamos novamente e dissemos que não falávamos japonês, embora eu tenha entendido o que ela estava dizendo em japonês. Então, ela sorriu novamente e disse: "purezento". Daí não teve como recusar. Ainda meio sem jeito, fomos caminhando para o ponto e conversando sobre o ocorrido. Achamos que a atitude daquela senhora foi algo muito respeitável, um exemplo de ajuda ao próximo, sem esperar algo em troca. Conversando com nossos familiares, eles nos contaram situações semelhantes ocorridas com eles ou conhecidos aqui no Japão. Isso pode até não ser regra geral, mas é inegável que existe pelo menos uma porção de japoneses que pensam no próximo. Desculpem a exatidão das palavras, pois meu lado matemático falou mais alto.
Outra situação inesperada foi a passagem do tufão Phanfone em 5/10/14 nas proximidades de Kyoto. Nesse dia, ficamos a maior parte do tempo em casa pesquisando os próximos destinos. Dos 9 dias em que ficamos na cidades, conseguimos somente 3 dias ensolarados. Não tivemos muita sorte, mas mesmo assim aproveitamos bem. Nos dias chuvosos, uma dica é fica andando quadrilátero formado pelas grandes avenidas Shijo, Sanjo, Kawaramachi e Karasuma, pois uma grande parte é coberta.
Um resumo do roteiro
1º dia - Pedalamos as bicicletas pela ciclovia que acompanha o rio Kamo até chegarmos no santuário de Shimogamo, depois fomos até o templo Ginkakuji e andamos um pouco pelo caminho
do filósofo Nishida Kitaro que é próximo desse templo. Voltamos para o apartamento, deixamos as
bicicletas e pegamos o ônibus até as 4 avenidas repletas de comércio: Sanjo,
Shijo, Karasuma e Kawaramachi. Para quem aprecia produtos frescos e feitos artesanalmente, vale uma visita ao Nishiki market que fica nessa região. Ao anoitecer, passeamos um pouco pela estreita e típica rua Pontocho que tem inúmeros restaurantes.
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Ciclovia que beira o rio Kamo |
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Caminho de pedras sobre o rio utilizado quando o nível dele está baixo |
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Portal do santuário Shimogamo |
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Um costume é lavar as mãos e a boca antes de entrar num templo ou santuário |
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Entrada do santuário Shimogamo |
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Eles produzem shochu ou sakê. Sinceramente não consido identificar esse que estão na foto. |
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Dentro do santuário |
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Esses papéis são de mal presságios e por isso foram amarrados |
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Templo de Ginkakuji |
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Jardim interior do Ginkakuji |
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Outra visão do Ginkakuji |
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Mulheres vestidas com o traje típico no jardim do templo |
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Avenida Teramachi - coberta e repleta de comércio |
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Nishiki market |
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Ruela charmosa de Pontocho |
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Avenida Kiyamachi - paralela à Pontocho e muito interessante também |
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Este é o rio que corre ao lado da Avenida Kiyamachi |
2º dia - Compramos um day pass para ônibus (500 ienes e uso ilimitado no dia que comprou) e fomos até o santuário Heian Jingu. Como na hora da saída estava chovendo, fomos esperar a chuva passar embaixo do toldo onde ocorreu a situação inesperada que descrevemos anteriormente. Tomamos um ônibus a
té a avenida Sanjo e andamos pela rua pontocho que margeia o
rio. Como o tempo não estava ajudando e tínhamos ganhado guarda-chuvas, pegamos um ônibus até a estação de
Kyoto e passeamos um pouco pelos arredores, em especial numa mega loja de departamento
chamada Yodobashi. Tem tudo de eletrônicos que você imaginar. Mas não compramos nada, pois fica difícil de carregar e temos que economizar dinheiro para nossa viagem durar mais. Aliás, acho que o desapego às coisas materiais é uma das duras lições que já aprendemos. Para fechar o dia e aproveitar nosso day pass conhecemos o bairro de Gion repleto de restaurantes e das famosas gueixas.
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Entrada do santuário Heian Jingu |
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Santuário Heian Jingu |
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Jardim do santuário |
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Ponte coberta do jardim |
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Uma das construções do jardim |
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Portal de uma rua repleta de restaurantes e onde moram algumas gueixas |
3º dia - Acordamos cedo e fomos visitar o templo Sanjusangendo famosa pelas 1001 estátuas de Kannon. Em seguida, rumamos para o templo de Kiyomizu ou Kiyomizu-dera onde pode-se caminhar bastante e apreciar outros templos próximos. Uma dica para quem gosta de museu é visitar o Museu Nacional de Kyoto que fica em frente ao templo Sanjusangendo.
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Templo Sanjusangendo |
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Alunos tendo aula de caligrafia |
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Jardim do templo |
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Entrada do templo Kiyomizu |
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Outra visão do templo que foi construído sobre uma montanha |
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Interior do templo |
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Outra parte do complexo do templo |
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Jardim do templo |
4º dia - Por causa do tufão Phanfone, o dia ficou cinzento e choveu o dia inteiro. Então ficamos no Kitaoji Shopping mall e no apartamento.
5º dia - Esse dia o esolhido foi o Castelo de Nijo, mesmo o dia estando nublado devido ao tufão.
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Entrada do castelo |
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Palácio Ninomaru |
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Ponte que dá acesso ao exterior da parte dos fundos do castelo |
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Palácio Honmaru |
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Visão panorâmica do Honmaru |
6º dia - Nesse belo dia de sol, visitamos o santuário da raposa ou Fushimi Inari famoso
pelos fileira de portais que percorre uma boa parte da montanha em que o santuário está situado. Posteriormente, fomos ao templo de Nishi Honganji próximo à estação central de Kyoto. Esse lugar não estava planejado inicialmente, mas ao passarmos de ônibus em frente dele, sentimos vontade de ir visitá-lo. Aproveitamos o sol e fechamos o dia conhecendo o santuário Yasaka.
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Portal do santuário Fushimi Inari
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Parte principal do santuário |
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A fileira de portais (torii) |
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Entrada do templo Nishi Honganji |
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Dentro do templo |
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A ponte que liga as duas partes do templo |
7º dia - Reservamos esse dia de sol para visitarmos o templo Kinkakuji e a região de Arashiyama para conhecermos o templo de Tenryuji e a floresta de bambus.
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O famoso templo dourado Kinkakuji |
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A floresta de bambus |
8º dia - Fizemos um day trip (bate e volta no mesmo dia) para Nara. A cidade tem inúmeras atrações, mas focamos no templo Todaiji e no imenso parque onde ele se encontra.
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Estação de trem de Nara |
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A estação pelo lado de fora |
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Avenida principal para se chegar no templo |
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Um dos templos de Nara |
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Pagado de Nara |
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Note que essas criaturas não são tão tranquilas assim |
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Os veados são símbolo da cidade |
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Entrada que dá acesso ao Todaiji |
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Detalhe |
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Templo Todaiji |
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O Buda gigante |
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A lenda diz que quem passar por esse buraco é uma pessoa iluminada. Bom prefiro ficar no lado negro da força e não tentar! |
Mais alguns pratos típicos
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Carê com carne de porco à milanesa |
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Oshiruko - sopa doce de feijão azuki com moti levemente tostado |
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Tempurá - verduras e frutos do mar empanados com uma massa. Sabia que isso é devido à influência portuguesa em 15__ ? |
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Asinhas de frango do Yamachan. O que tem de especial? Olhe a próxima foto! |
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Entendeu? |
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Takoyaki - Bolinhos cremosos com recheio de polvo |
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Futomaki negui toro - Sushi enrolado com cebolinha e barriga de atum |
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Nabeyaki Udon |
O próximo destino será Osaka!
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