Chegamos no aeroporto de Delhi e desembarcamos no terminal 3, justamente de onde tomamos o metro expresso para a estação de New Delhi (Rs 100). O hotel que escolhemos fica estrategicamente a poucas quadras dessa estação, na rua Main Bazar. Além disso, é de onde partirá o trem que pegaremos para Agra. A propósito, compramos todas as passagens de trem na Índia pelo site www.cleartrip.com seguindo os passos do cadastro do excelente site www.seat61.com. Contudo, recomendamos que faça isso com, pelo menos, uma semana de antecedência, pois existem alguns passos no cadastro que não depende somente de você. Se não conseguir ou preferir comprar na estação, aconselhamos tomar muito cuidado com certos elementos, que ficam perto das estações, que tentam te enganar direcionando-o à comprar em agências que cobram uma comissão. Se tiver que perguntar onde compra o ticket do trem, pergunte a algum policial ou funcionário da estação devidamente identificado. Estamos alertando porque fomos abordados por 2 pessoas que pareciam funcionários, mas que na realidade não eram. Esses indivíduos tentaram nos direcionar para uma agência ou para um tuk tuk nos levar até o hotel. O pior é que ainda assim, se você escolhesse a segunda opção, poderia levar outro golpe. O motorista do tuk tuk leva você num lugar qualquer e diz que o seu hotel não existe mais e tenta te levar para outro hotel. Enfim, perto das estações e atrações turísticas em Delhi, você tem que ficar esperto com esse tipo de gente e com os trombadinhas.
A parte velha que visitamos (Old Delhi) é bem suja e pobre, por outro lado, a parte nova de Delhi (New Delhi) possui ruas asfaltadas, edifícios, lojas de algumas grifes famosas e muitos restaurantes. Outra obra que impressiona é o metro, pois ele é limpo, organizado, com vários seguranças e é bem barato. Por exemplo, um passe entre umas 6 estações custou Rs 15 (cerca de 0,25 de dólar).
Comidas típicas
Logo quando chegamos em Delhi, no primeiro jantar, nos deparamos com o cardápio e logo vimos que a palavra curry não fazia parte dele. Ao invés, aparecia a palavra masala, por exemplo, chicken masala e não chicken curry. Então, comecei a pesquisar sobre o assunto pesquisando na internet, assistindo documentários e conversando com algumas pessoas. O que vou escrever é uma tentativa minha de entender a diferença entre curry e masala. Como não sou expert em culinária, peço que os entendidos corrijam alguma besteira que eu escrever, por favor.
Um documentário que ajudou muito nessa questão e nos pratos típicos da Índia foi Food Paradise India onde o apresentador percorre a Índia atrás da resposta. O site GastroNomade também apresenta uma boa explicação entre a diferença. Pelo que entendi, quando os ingleses voltaram da primeira viagem à Índia, ficaram fascinados com a masala (mistura de especiarias e ervas) e utilizaram o nome curry para esse. A explicação do nome curry pode ter vindo do português, que já utilizavam a palavra caril para uma folha específica que entra na composição da masala. Os portugueses, por sua vez, utilizavam caril, pois é assim que a ex-colônia portuguesa Goa chama até hoje. Então, curry é nome genérico para masala que os ingleses inventaram, dadas as suas experiências com alguns tipos de masalas que provaram na Índia. Os ingleses inventaram um tipo de masala que aproximava o sabor dos masalas que experimentaram e começaram a produzir o curry em pó como conhecemos hoje. Em muitos restaurantes na Índia o termo curry é usado para um molho qualquer ou um determinado tipo de masala, em alguns o termo curry nem aparece.
Eu já havia experimentado comida indiana e vegetariana em São Paulo e tinha gostado, mas a comida daqui está num outro patamar de sabor e de pimentas. Nunca pensei que aguentasse tanta pimenta na comida. O primeiro dia foi terrível, depois de ingerir um chicken masala, fui direto para o banheiro. Com o tempo, o organismo vai se acostumando com a complexidade e potência das misturas de pimentas e especiarias. Depois de alguns dias não senti tanto a pimenta, pude identificar os sabores dos vários ingredientes do prato e não passei mais mal. Num certo dia, pedi um chicken masala sem muita pimenta e o sabor não me agradou, por incrível que pareça. Então, acho que é justamente essa mistura de pimentas ardidas e aromáticas com especiarias é que fazem os pratos da comida indiana sejam tão bons e únicos. Tenho que confessar que antes de vir para cá achava que não conseguiria ficar muito tempo sem comer carne, pois no Brasil comemos carne praticamente todos os dias. E desde muito cedo fui apresentado as delícias vermelhas. Nunca me esqueço do gosto da picanha, cupim e fraldinha mal passados que fazíamos no quintal da casa em que morávamos em Registro-SP. Mas consegui e até perdi alguns quilogramas. Mais um pré conceito quebrado!
A parte velha que visitamos (Old Delhi) é bem suja e pobre, por outro lado, a parte nova de Delhi (New Delhi) possui ruas asfaltadas, edifícios, lojas de algumas grifes famosas e muitos restaurantes. Outra obra que impressiona é o metro, pois ele é limpo, organizado, com vários seguranças e é bem barato. Por exemplo, um passe entre umas 6 estações custou Rs 15 (cerca de 0,25 de dólar).
Metro de Delhi - moderno, limpo e bem sinalizado |
Tuk tuk - veículo muito utilizado na Índia |
Senhor vendendo uma mistura de legumes, frutas secas e castanhas em Connaught Place |
Carrinho de sanduíches diferentes |
Rua Main Bazaar próximo à estação de trem de New Delhi |
Mais uma foto das lojas da Main Bazaar |
Entrada da Jama Masjid - Maior mesquita da Índia situada em Old Delhi |
Turistas apreciando a vista da cidade dentro da mesquita |
A mesquista Jama Masjid - Como de costume, para entrar é preciso tirar os sapatos |
Entrada principal da mesquita |
Interior da mesquita |
O Forte Vermelho de Delhi |
Uma das entradas do forte |
Comércio de roupas, souvenirs, bolsas e jóias dentro do forte |
Complexo de Humayun |
Palácio onde fica o túmulo do imperador |
A tumba do imperador Humayun |
Distribuição da refeição gratuita para os seguidores e não seguidores da religião Sikh em Gurudwara Bangla Sahib |
Primeiro eles rezam do lado do fora do salão e depois eles entram para fazerem a refeição |
O prato é praticamente o Thali (veja no final do post) |
Nos bastidores, homens e mulheres se revezam para fazer as comidas. Aqui estão fazendo o pão nan (veja no final do post). |
Panelas com sopa de lentilha |
Assando o nan - leva de 10 a 15 segundos para ficar assado. |
Máquina que amassa a massa fazendo os discos e assa os pães chapati. |
Gurudwara Bangla Sahib |
Comidas típicas
Logo quando chegamos em Delhi, no primeiro jantar, nos deparamos com o cardápio e logo vimos que a palavra curry não fazia parte dele. Ao invés, aparecia a palavra masala, por exemplo, chicken masala e não chicken curry. Então, comecei a pesquisar sobre o assunto pesquisando na internet, assistindo documentários e conversando com algumas pessoas. O que vou escrever é uma tentativa minha de entender a diferença entre curry e masala. Como não sou expert em culinária, peço que os entendidos corrijam alguma besteira que eu escrever, por favor.
Um documentário que ajudou muito nessa questão e nos pratos típicos da Índia foi Food Paradise India onde o apresentador percorre a Índia atrás da resposta. O site GastroNomade também apresenta uma boa explicação entre a diferença. Pelo que entendi, quando os ingleses voltaram da primeira viagem à Índia, ficaram fascinados com a masala (mistura de especiarias e ervas) e utilizaram o nome curry para esse. A explicação do nome curry pode ter vindo do português, que já utilizavam a palavra caril para uma folha específica que entra na composição da masala. Os portugueses, por sua vez, utilizavam caril, pois é assim que a ex-colônia portuguesa Goa chama até hoje. Então, curry é nome genérico para masala que os ingleses inventaram, dadas as suas experiências com alguns tipos de masalas que provaram na Índia. Os ingleses inventaram um tipo de masala que aproximava o sabor dos masalas que experimentaram e começaram a produzir o curry em pó como conhecemos hoje. Em muitos restaurantes na Índia o termo curry é usado para um molho qualquer ou um determinado tipo de masala, em alguns o termo curry nem aparece.
Chicken tikka masala com arroz e uma coxa cozida no tandoori que roubei da Cá. Desculpem-me pela péssima qualidade da foto, mas estava muito escuro e a câmera do meu celular não é boa. |
Ovo cozido, iogurte, pão chapati com legumes e os outros dois não sei o nome. O da esquerda lembra um couscous brasileiro e o da direita graõs de massa de trigo com legumes e amendoim |
Eu tinha que provar o Mc Chicken Maharaja, pois é o único no mundo. Gostei, mas ainda prefiro o Big Mac. |
Tandoori Chicken - Pedaços de frango marinados no iogurte e especiarias e assados no tandoori. Jeera rice - arroz basmati cozido com sementes de cominho |
Traditional Thali - Ao invés do curry de frango, tem curry de panner que é o queijo cottage indiano. Definitivamente este foi o melhor prato que comi na Índia até agora. |
Eu já havia experimentado comida indiana e vegetariana em São Paulo e tinha gostado, mas a comida daqui está num outro patamar de sabor e de pimentas. Nunca pensei que aguentasse tanta pimenta na comida. O primeiro dia foi terrível, depois de ingerir um chicken masala, fui direto para o banheiro. Com o tempo, o organismo vai se acostumando com a complexidade e potência das misturas de pimentas e especiarias. Depois de alguns dias não senti tanto a pimenta, pude identificar os sabores dos vários ingredientes do prato e não passei mais mal. Num certo dia, pedi um chicken masala sem muita pimenta e o sabor não me agradou, por incrível que pareça. Então, acho que é justamente essa mistura de pimentas ardidas e aromáticas com especiarias é que fazem os pratos da comida indiana sejam tão bons e únicos. Tenho que confessar que antes de vir para cá achava que não conseguiria ficar muito tempo sem comer carne, pois no Brasil comemos carne praticamente todos os dias. E desde muito cedo fui apresentado as delícias vermelhas. Nunca me esqueço do gosto da picanha, cupim e fraldinha mal passados que fazíamos no quintal da casa em que morávamos em Registro-SP. Mas consegui e até perdi alguns quilogramas. Mais um pré conceito quebrado!